Prefeito de Bocaina é investigado por suposta participação no desvio de bens públicos, os crimes ocorreram entre 2008 e 2012. Pipoca é casado com Roberta Pires de Campos, primeira dama ocupava cargo comissionado na gestão do ex-prefeito Kiko e, segundo as investigações tomava as decisões.
O Ministério Público de São Paulo pediu o afastamento imediato do prefeito Marco Antônio Giro-Pipoca. O prefeito é investigado por suposta ligação com o ex-prefeito Kiko no desvio de bens públicos.
O Ministério Público aponta que Pipoca adotou como estratégia acobertar e dar continuidade ao esquema criminoso de Kiko dado o grau de proximidade com pessoas investigadas pelo Ministério Público.
Além de relações políticas entre Pipoca e Kiko o atual prefeito é casado com Roberta Pires de Campos. Roberta é investigada por integrar o grupo criminoso de Kiko durante sua gestão como prefeito de Bocaina o que segundo o Ministério Público fez com que o prefeito Pipoca dificultasse ações para corrigir os danos causados aos cofres públicos.
O parecer do MP aponta ainda os ataques feitos pelo do advogado de Kiko aos promotores que investigam o caso e o apoio de Pipoca durante esses ataques, feitos durante um evento de lançamento da candidatura de Kiko a Prefeitura de Bocaina nas eleições de 2024.
De acordo com as investigações do Ministério Público, após o Juízo da Terceira Vara Cível da Comarca de Jaú expedir ofício ao prefeito Marco Antônio Giro, requisitando informações sobre “as providências que foram tomadas em relação às irregularidades detectadas na alienação de lotes no Distrito Industrial Henrique S. Pontes o prefeito, sem indicar qualquer providência para apurar as irregularidades apontadas, Pipoca comunicou a edição da Lei 2.923/2021, que concede “novos prazos para a regularização dos lotes do Distrito Industrial”.
De acordo com o Ministério Público, as ações de Pipoca é bastante semelhante ao verificado na alienação dos lotes do Distrito Industrial realizadas pelo ex-prefeito Kiko. Leia mais abaixo.

As investigações do Ministério Público apontam que a venda dos 19 lotes (terrenos) foi apenas mais um capítulo do gigantesco esquema de desvios imobiliários que o ex-prefeito Kiko implementou no seu primeiro mandato (2005/2008).
Ainda de acordo com um Inquérito Policial instaurado para apurar as irregularidades foi constatada “a alienação fraudulenta de 19 (dezenove lotes), sendo 16 possivelmente de uma gleba de terras de 1200, pertencentes ao Município de Bocaina, a pessoas escolhidas por critérios subjetivos, mediante simulação de dois processos licitatórios na modalidade de “concorrência”.
Segundo o Ministério Público, as ações foram praticadas por Kiko, com a colaboração de agentes públicos e particulares, nem de longe se assemelham a concorrências verdadeiras. Nas “concorrências” de Kiko não houve disputa pelos lotes licitados. Cada licitante arrematou um ou mais lotes pelo valor mínimo (ou muito próximo do mínimo) estipulado em duvidosa avaliação realizada por servidores de confiança de Kiko Entre os arrematantes está a mãe, cunhado e o ex-prefeito Abelmir Bortolo Tonon além de vereadores, ex-vereadores e empresários da cidade.
Todos os lotes criminosamente alienados por Kiko eram fruto de desapropriação por interesse social, conforme Decretos no 36/06 e 37/06, e destinavam-se à construção de moradias populares. Todavia, os imóveis tiveram sua destinação anulada sem a necessária desafetação e acabaram sendo transferidos a pessoas escolhidas por Kiko ou pela sua equipe de governo.
Após ser notificado para que apresentasse respostas Pipoca, segundo as investigações do MP, o prefeito enviou a Câmara de Vereadores uma nova lei para regularizar os lotes do Distrito Industrial. A lei foi publicada e entrou em vigor no dia 24 de maio de 2021, ou seja, cinco dias após a expedição do ofício da 3a Vara Cível pedindo as explicações. O projeto encaminhado à Câmara de vereadores estendia o prazo para que as adequações e correções fossem adotadas pelo município e proprietários dos lotes.
*As informações foram obtidas através de informações do Ministério Público de Jaú. As informações são de documentos elaborados entre os anos de 2020 e 2021. Existem ainda outras fases das investigações as quais o Diário não teve acesso.
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